ONU faz apelo para que o Governo autorize os protestos, apesar da proibição governamental a oposição estendeu protesto a nível nacional.
A greve de 48 horas da Venezuela já contabiliza oito mortos, até ontem 27/07/2017. Segundo informações do Ministério Público, dois jovens e um policial morreram ontem, nas manifestações contra o presidente Nicolás Maduro. Agora, o número de mortos já passa de 100 pessoas.
O governo da Venezuela, não quer que a população faça manifestações, pois acredita que pode atrapalhar as eleições da Assembleia Nacional Constituinte no próximo dia 30/07/2017.
O ministro do Interior, Néstor Reverol diz em discurso, “Quem organizar, apoiar ou instigar a realização de atividades dirigidas a perturbar a organização e o funcionamento do serviço eleitoral ou da vida social do país será punido com prisão de cinco a dez anos“, que foi transmitido em rede nacional de televisão.
A Mesa da Unidade Democrática (MUD), que faz oposição ao governo, logo após o discurso anunciou que a manifestação que será estendida a todo o país, antes seria apenas em Caracas.
“O regime anunciou que não pode se manifestar. Responderemos com (a) TOMADA DA VENEZUELA amanhã“, postou no Twitter a Mesa da Unidade Democrática (MUD).
Segundo o deputado José Antonio Mendoza diz que a MUD resolveu ampliar o protesto para que a população não reconheça o governo de Maduro e agora parta para a desobediência civil.
Os Estados Unidos determinaram que os familiares dos funcionários de sua embaixada na Venezuela deixassem o país, em meio a uma crise política que se agrava antes da votação que a oposição diz que colocará fim à democracia no país.
A ONU se manifestou a respeito da situação da Venezuela, segundo Liz Throssell, porta-voz de direitos humanos da ONU, disse em nota, “Os desejos do povo venezuelano de participar ou não desta eleição devem ser respeitados. Ninguém deveria ser obrigado a votar, e aqueles que voluntariamente participarem deveria poder fazê-lo de forma livre“.
“Esperamos que a votação prevista para domingo, seja realizada, ocorra de forma pacífica e com pleno respeito aos direitos humanos“, comenta Throssell.
A eleição da Assembleia Constituinte está marcada para o próximo dia 30/07/2017.