Fumar cigarros é um hábito que está desaparecendo do mundo todo de forma gradativa. O Brasil está entre os campeões da queda do número de pessoas que consomem tabaco. Entre 1990 e 2015, o número de fumantes homens caiu de 29% para 12% e de mulheres de 19% para 8%.
O problema, porém, é que as pessoas trocam um hábito perigoso por outro, sendo que a maioria está relacionada a um estilo de vida isolado socialmente e com sedentarismo. Confira outros fatores de risco que merecem tanta atenção quanto o cigarro:
5. Solidão
O crescimento das redes sociais e da diminuição do contato cara-a-cara fez com que o cirurgião Vivek Murthy classificasse a solidão como uma epidemia mundial. O mais assustador é que a solidão pode ser fatal.
Julianne Holt-Lustand, professora de psicologia da Brigham Young University (EUA), constatou em suas pesquisas que a solidão reduz a expectativa de vida de uma pessoa aos níveis equivalentes ao fumo de 15 cigarros por dia.
A qualidade e quantidade de relacionamentos sociais de uma pessoa estão relacionados não apenas à saúde mental, mas também à morbidade e mortalidade. Nos estudos analisados, envolvendo 308 mil participantes, aqueles com relacionamentos sociais mais fortes tinham 50% mais chance de viver mais.
4. Passar o dia sentado
Passar o dia todo sentado aumenta o risco de vários cânceres, segundo pesquisa da Universidade de Regensburg (Alemanha). A meta-análise de estudos que envolveram 68 mil pacientes com câncer mostrou que aqueles que passavam o dia todo sentado tiveram risco significativamente maior de ter câncer de intestino, de endométrio e de pulmão.
Esse risco aumenta a cada duas horas extras que a pessoa passa sentada diariamente. Este aumento é de 8% para o câncer de intestino, 10% para o de endométrio e 6% para o de pulmão.
O pior de tudo é que não importa tentar compensar um dia inteiro sentado com uma atividade física no final do dia, porque esses resultados parecem ser independentes da prática de atividade física.
Segundo os pesquisadores, a atividade mais perigosa para a saúde é passar horas em frente à TV, porque além de estar completamente parado, ainda há o hábito de comer e beber alimentos açucarados e gordurosos.
3. Perda de sono
O Centro para Prevenção e Controle de Doenças dos Estados Unidos classificou a falta de sono como um problema de saúde pública. Pesquisas do Instituto do Sono do Brasil apontam que 63% dos brasileiros têm algum problema relacionado ao sono, como insônia, ronco e apneia.
O sono insuficiente aumenta o risco de derrame e ataque cardíaco de forma semelhante ao consumo de cigarros.
2. Bronzeamento
Bronzeamento artificial pode parecer mais controlado do que o bronzeamento ao ar livre, mas os dois são potencialmente mais perigosos que fumar.
Um estudo de 2014 publicado na JAMA Dermatology mostra que bronzeamento artificial já causou mais casos de câncer de pele do que o cigarro causou casos de câncer de pulmão.
Outros estudos já mostraram que bronzeamento artificial causa 3,4 mil casos de melanoma por ano na Europa, e mais de 170 mil casos nos Estados Unidos.
1. Dieta ruim
Alimentos ultra-processados, açucarados e ricos em gordura saturada podem expor o consumidor a riscos semelhantes ao cigarro.
Os riscos de mortalidade trazidos por uma dieta ruim superam os do consumo de álcool, drogas, sexo sem proteção e tabaco combinados.
A Organização Mundial da Saúde define como dieta saudável aquela que começa cedo na vida (preferencialmente com amamentação), que limita o consumo de sal e de açúcares livres. A recomendação é comer várias frutas e verduras, cereais integrais, fibra, nozes e sementes, limitando lanches e bebidas açucaradas, carnes processadas e gorduras trans industriais.
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