Somente quando foram publicadas as Lei dos Direitos Civis, em 1964 e da Lei dos Direitos de Voto, em 1965, nos EUA, as “leis de Jim Crow” permitiam uma divisão praticamente desumana entre negros e brancos, criando diversos problemas e racismos que são sentidos até os nossos dias.
Depois da Guerra Civil Americana, entre os anos de 1861 a1865, foram instituídas leis estaduais e locais que mantinham as pessoas negras separadas das pessoas brancas. No ano de 1896, teve o caso Plessy v. Ferguson, onde a Suprema Corte dos EUA, determinou que, “enquanto a segregação permitisse que todos permanecessem separados, mas iguais”, a segregação das raças não desobedecia a Constituição norte-americana.
Veja algumas fotos que mostram como era diferente a vida dos negros e brancos na “era Jim Crow”.
“QUEREMOS MORADORES BRANCOS EM NOSSA COMUNIDADE BRANCA”
Placa escrita em Detroit em 1942 por brancos que não queria que pessoas negras morassem em Sojourner Truth Homes, uma habitação do governo federal.
Charles N. Atkins com a mulhere os filhos, Edmond, 10, e Charles, 3, observam placa na Estação Santa Fe, Oklahoma, em 25 de novembro de 1955.
Bebedouros separados para negros e brancos.
Sala de escola para negros no interior do Estado da Geórgia, em 1941.
Negros e brancos sentavam em locais diferentes em onibus, segundo a lei de segregação da Carolina do Sul, em abril de 1956.
Rosa Parks foi fichada pela polícia em Montgomery, Estado do Alabama, em 22 de fevereiro de 1956, pois se recusou a dar lugar a um passageiro branco (em 1º de dezembro de 1955). Acabou presa por desafiar as leis de segregação. Isso levou a um boicote aos ônibus em dezembro de 1955, organizado pelo reverendo Martin Luther King Jr.
“Salve nossas crianças da praga negra”. Bandeira dos Estados Confederados e dos EUA em um veiculo que estava no Capitol Hill, Nashville, onde se reuniam o governador Frank Clemente e a delegação de partidários do segregacionismo em 24 de janeiro de 1956.
O Viajante da Liberdade, ativista dos direitos civis e dos direitos da população negra, James Zwerg, a esquerda, após um ataque de brancos num terminal de ônibus em Montgomery, Alabama, em 20 de maio de 1961. Zwerg esperou o atendimento médico por uma hora, pois as “ambulâncias brancas” se recusaram busca-lo.
Na outra foto, Benney Oliver, policial aposentado, Jackson (Mississippi), da um chute num estudante negro, Memphis Normam, que esperava atendimento em uma lanchonete. Os clientes brancos incentivavam o ato cruel.
Estudante bate em boneco de pano representando um homem negro enforcado na escola em Little Rock, Arkansas, em 3 de outubro de 1957; onde 75 estudantes fizeram uma manifestação a favor da segregação racial.
Brancos gritam contra a primeira família negra, Baker, que foram morar em Delmar Village, Folcroft, Pensilvânia, em 1963.
Criança de apenas 7 anos com roupa da Klux Klux Klan num protesto no dia 14 de abril de 1956. Na porta do carro, esta escrito, Brancos do Sul são os melhores amigos dos negros, mas integração não.
Da esquerda para direita: Buddy Trammell (“Nós, estudantes da escolha Clinton, não queremos negros em nossa escola”) , Max Stiles (“Não iremos para a escola com negros”) e Tommy Sanders “(Greve contra a integração na Clinton”), protesto dos estudantes da Clinton High School, na cidade de Clinton, Tennessee, pois a escola apoiava a integração, 27 de agosto de 1956.
Estudantes formam grupo de estudos, pois foram proibidos de entrar em escola em Little Rock, EUA, em 13 de setembro de 1957. Eles ficaram conhecidos como Little Rock Nine
Johnny Gray, 15, briga com um branco em Little Rock, Arkansas, em 16 de junho de 1958. Johnny e sua irmã, Mary (de pé atrás dele), pois os dois garotos brancos mandaram eles saírem da calçada.
Policiais O.M. Strickland e J.V. Johnson, prendem usando a força, Martin Luther King Jr., por ele ter ficado nos arredores de um tribunal onde um crítico da segregação era julgado, em 4 de setembro de 1958. King disse que foi espancado e estrangulado, mas a polícia negou as acusações.
Manifestação contra a segregação em 1º de novembro de 1960: “A presença da segregação é a ausência da democracia. [As leis de] Jim Crow precisam acabar!”
Edward R. Fields e James Murray, hostis das Leis dos Direitos Civis e membros do National States Rights Party, enforcam um boneco que representava Martin Luther King Jr. em Birmingham, Alabama, 6 de maio de 1963.
Polícia examina destroços de uma escola que foi dinamitada por brancos em Nashville, Tennessee, em 10 de setembro de 1957. Tudo porque uma criança negra de 6 anos foi admitida na escola..
Protesto contra a integração na Clinton High School , a multidão ataca um veiculo com passageiros negros em 31 de agosto de 1956.
Protesto contra a integração em frente à escola West End High School em Birmingham, Alabama, em 10 de setembro de 1963.
Roy Lee Howlett, 14, em carro pintado a favor da segregação em Dallas, em 31 de agosto de 1956.
Mulheres e adolescentes protestando contra a integração na escola elementar William Franz, 15 de novembro de 1960. O cartaz diz: “Tudo que eu quero ganhar neste Natal é uma escola branca e limpa”.
David Isom, 19, ultrapassa o espaço que dividia as piscinas pública em brancos em 8 de junho de 1958; a piscina acabou sendo fechada pelas autoridades.
Membros do Partido Nazista Americano rodeiam negros sentados em uma lanchonete em farmácia de Arlington, Virgínia, em 1960.
Um único homem levanta bandeira dos Confederados ante manifestantes negros que protestavasm em frente a um hotel onde o governador George Wallace, do Alabama, estava hospedado, em 14 de abril de 1964. O cartaz diz: “Mais de 300 mil negros têm seu voto negado em Alabama”.
Integrantes da KKK fazem um círculo em torno de uma cruz em chamas em manifestação em Albany, Geórgia, que participaram cerca de 3.000 pessoas, em 1962.
Os reverendos Ralph Abernathy e Wyatt Tee Walker conferem o estrago feito após a estrutura da Igreja Batista Negra Shady Grove e Leesburg, Geórgia, desabadar devido a um incêndio criminoso, em 15 de agosto de 1962.
Ativistas dos direitos civis não puderam protestar, pois foram impedidos pela Guarda Nacional em Memphis, Tennessee, em 1968. Os cartazes diziam: “Eu sou um homem”
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