Esta é a história de uma baiana de 50 anos chamada Valdineide Senna. Ela casou-se aos 11 anos de idade, teve sua primeira filha aos 12 e aos 13 já estava viúva. A infância interrompida teve grande influência em sua vida adulta . Todo seu sofrimento resultaram em uma depressão profunda. Quando menina, seus pais lhe arranjaram um casamento com um homem que tinha o dobro de sua idade. Foi quando começou sua triste história. Poucos meses depois, a jovem engravidou de sua primeira filha.
A garota passou a se dedicar aos cuidados da filha, numa época na qual deveria estar brincando de bonecas. Além da criança, Valdineide tinha que lidar com um marido alcoólatra. Não passou-se muito tempo para que ele falecesse em decorrência de seu vício, deixando viúva uma menina de 13 anos de idade. Aos 15, ela foi morar com seu segundo marido, com o qual teve mais duas filhas, uma aos 16 outra aos 20.
Com três filhas para criar, ela passou a se dedicar aos estudos e logrou êxito. Foi aprovada em um concurso público e dedicou-se fielmente ao trabalho. Logo conseguiu crescer na empresa para a qual foi contratada, passando a assumir cargo de coordenadora. Em seguida, mais um casamente. Realizada no trabalho e na vida amorosa, tudo estava caminhando bem, até virar de repente.
No trabalho, Valdineide passou a ser perseguida por seu chefe, aparentemente sem motivo algum. Aos 30 anos de idade ela já era avó. Foi quando ela percebeu que fizera a sua filha o mesmo que seus pais lhe haviam feito. O relacionamento com o companheiro também estava desandando, quando sua filha, aos 19 anos, tentou suicídio. Foi o ponto alto de toda a reviravolta em sua vida.
Depois de uma discussão mais calorosa, a jovem ingeriu alguns comprimidos e começou a passar muito mal diante de sua mãe, que reagiu rapidamente. Tomou a filha e levou-a às pressas para o hospital. A moça sobreviveu, mas sua mãe já não tinha mais forças para continuar lutando por sua própria vida. Tomada por uma forte depressão, causada por toda a culpa que carregava, ela perdeu a vontade de viver. A doença lhe causou, além de distúrbios psicológicos, problemas físicos.
Valdineide passou a fazer tratamentos com medicamentos e a frequentar cultos evangélicos em uma igreja. Foi lá que ela encontrou forças para sair daquela situação e lutar por sua vida. prestou novo vestibular e foi aprovada para o curso de Serviço Social. Ela se formou e fez pós-graduação. Em 2010 ela tomou seu último remédio contra a depressão e segue mais fortalecida.
Agora formada e finalizando uma especialização, ela tem uma vida transformada. Avó de oito netos, ela se sente realizada. A relação com suas filhas segue melhorando, apesar dos inevitáveis conflitos. A vida desta mulher deve servir de inspiração para quem acredita ter chegado ao fundo do poço. Ela conseguiu superar as adversidades e hoje é uma profissional realizada.
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