O pensamento de abandonar o país em plena crise financeira é completamente compreensível. O pensamento recorre à nossa mente de maneira, muitas vezes, corriqueira. É natural querer fugir da crise. Mas no Brasil está acontecendo algo inusitado. Para tentar se afastar da realidade em que se encontra nosso país, um movimento separatista tenta segregar alguns estados do sul do Brasil e torná-los independentes.
O movimento, que se chama “O Sul é meu país”, realizou neste último sábado um plebiscito informal no qual deu a oportunidade de os brasileiros que vivem nos estados em questão – Paraná, santa Catarina e Rio Grande do Sul – votarem a respeito da separação entre seus estados e os demais estados brasileiros.
Segundo os organizadores, foram espalhadas cerca de 2,5 mil urnas para receber os votos da população. A Plebisul reconhece que os votos não têm qualquer valor legal, mas acredita que a votação tenha caráter simbólico. Os que queriam votar respondiam apenas “sim’ ou “não” à seguinte pergunta: “Você que que o Paraná, Santa Catarina e o Rio Grande do Sul se tornem um país independente?”
Depois de votar, os participantes são convidados a assinar um projeto de lei que deve ser levado à câmara dos deputados. Essas assinaturas precisam somar, no mínimo, 1% do número de eleitores em cada estado participante. O movimento não é recente, há mais de 20 anos se tenta separar a região Sul do restante do Brasil. Já houveram congressos que discutiam o tema. O movimento se diz herdeiro de revoluções separatistas anteriores, como a Farroupilha no século 19. A maioria dos críticos do movimento, alegam que ele tem caráter racista, o que é rebatido ferrenhamente pelos organizadores.
Fato é que houve a votação no sábado (7) e o resultado foi favorável à separação. A maioria que votou – vale salientar que o evento teve baixa participação – se disse à favor da independência dos estados. Com expectativa de mais de dois milhões de voto, o Plebisul consegui pouco mais de 600 mil participações. Como o número de eleitores foi baixo, o movimento vai continuar recolhendo assinaturas para tentar levar o projeto adiante nas eleições de 2018.
Veja abaixo o vídeo oficial de convocação para votação:
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