Conheça Alexya Salvador, mulher trans de 36 anos e pastora da Igreja da Comunidade Metropolitana (ICM)
Uma pastora Alexya Salvador, 36 anos, tem chamado a atenção, ela está levando a igreja evangélica minas, manos e monas, e provou isso na concentrados realizada em São Paulo, todos estavam envolvidos com as causas LGBT numa feira que aconteceu antes da Parada Gay deste ano. Tudo para ver e ouvir as palavras de uma pastora e mulher trans de e pastora da Igreja da Comunidade Metropolitana (ICM).
Além de pastora, ela tomou mais uma atitude bonita e audaciosa, pois adotou uma menina também transgênera de 10 anos, chamada Ana Maria. A igreja que pertence é a ICM, também conhecida com a igreja dos direitos humanos, foi criada em 1968 no Rio de Janeiro, hoje tem uma sede em São Paulo, no bairro Santa Cecília. Essa igreja conquistou o público LGBTQ, e se destaca por fazer casamentos homoafetivos, pois não tinham nenhum apoio de outras igrejas cristãs.
Alexya , hoje tem dois filhos Gabriel e Ana Maria. E sua rotina diária vai de dar aulas de português e inglês em duas escolas, faz trabalhos de costura, cuida dos filhos, da casa e do marido Roberto Salvador, e ainda cuida dos afazeres da igreja.
Foi criada em Mairiporã, São Paulo, sua família era unida, conservadora e católica. Alexya desde a infância se sentia diferente, mas segui no gênero masculino por metade de sua vida, quando se formou no colegial, resolveu fazer o seminário, por 4 anos, pois desejava ser padre. Também estudou Filosofia na PUC-Campinas. Ela disse, “Quando terminei o curso de Filosofia saí do seminário, entendi lá não era o lugar para mim. Eu tinha dentro de mim esse peso de Deus me condenar. Não queria ser um padre e causar mais um escândalo para a igreja”.
Ao 24 anos, resolveu contar aos pais, que deseja ser mulher, pois era assim que se sentia por toda sua existência. Mas, o pai foi contra, ela conta , “Meu pai foi logo dizendo: ‘se você for viado eu até aceito, mas se eu vir você vestida de mulher eu te mato’. Na hora tive que pensar rápido e vi que seria uma porta aberta me aceitar como um homem gay”.
Conheceu Roberto Salvador, em 2009, na escada rolante do metrô da Sé, que descobriu então o amor e acabaram se casando. Roberto, cisgênero e homossexual , mas ela ainda não conseguia se assumir como mulher. Foram morar juntos e depois se casaram, na busca para poderem se casar se deparam a ICM, que é uma igreja inclusiva.
Se revelou como mulher trans em 2012, ela conta que, “Tive medo de perder meu marido se me assumisse mulher”. O marido aceitou de pronto, mas seu pai demorou muito para aceita-la, ela conta, “Ele tinha tudo para falar que era gay e me largar, mas ele falou que me ama independentemente do que ele está vendo”.
Na igreja ela inicialmente foi diaconisa da ICM a convite do reverendo Cristiano Valério, depois de alguns cursos tounou se membra do clérigo, e provavelmente no fim do ano Alexya poderá passar a ser reverenda da ICM, sendo uma das reverendas da América Latina.
Ela explica que, “Na ICM a gente ousa dizer que Deus é mulher. Porque essa parte masculina de Deus é muito feia. Esse Deus que fica 24 horas no trono, o Todo Poderoso, que você esbarra em algo e ele te condena. A gente não faz essa leitura, a gente acha que Deus é mãe, é amor”. Tem algumas explicações polêmicas como, “Jesus Cristo foi o primeiro homem trans”, explica orgulhosa. “Te explico. Nós aprendemos desde o Gênesis que existe a Santa Trindade: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Deus, portanto, mandou seu filho para a terra. Jesus, o filho, tinha o gênero divino, correto? Então, quando ele desceu para a terra ele passou a ter o gênero humano. Então, se Jesus pode se transicionar, por que eu não posso?”
Veja o vídeo:
Veja também:
- Bebê é sentenciado à morte por Tribunal dos “Direitos Humanos”; entenda o caso
- Ana Hickman, o pesadelo ainda não acabou!
- Vigilante mata colega após acordar com dores anal e desconfiar que foi abusado sexualmente