Pecuaristas estão com medo de ficarem sem pagamento do gado entregue a JBS


JBSFriboi quer dividir prejuízos com o caso da corrupção com pecuaristas

 

Pecuaristas estão com medo receber calote da JBS

A JBS comprava praticamente metade do gado enviado aos frigoríficos. Mas após o escândalo de corrupção envolvendo a empresa, as compras vêm diminuindo e não pagam mais os valores à vista, como era de costume pelos animais entregues, e ainda estão pedindo um prazo maior para o pagamento. Esse procedimento está deixando os pecuaristas com medo de não receber.

Por outro lado a JBS tenta refinanciar suas dívidas, mas os bancos querem garantias para empréstimos lastreados em vendas à companhia.

“Se os bancos não estão dando crédito à JBS, por que é que nós devemos dar?”, essa é a pergunta que Alexandre Caiado, pecuaristas do município mato-grossense de Juína, se faz todos os dias.

A desaceleração da procura pela carne derrubou os preços do boi gordo, após os irmãos Joesley e Wesley Batista, admitiram terem pagado propinas para ajudar a financiar uma série de investimentos, equivalente a US$ 20 bilhões.

Em consequência o mercado futuro de gado, despencou em 17% em valor na Bolsa de Mercadorias & Futuros, em São Paulo.

A JBS informou que mudou a política de pagamento para 30 dias, e afirma que todos os pagamentos vêm sendo realizados na data estipulada, sem quaisquer prejuízos aos produtores rurais e pecuaristas.

Outra situação que agravou o problema com as exportações de proteína animal brasileira, foi quando os Estados Unidos impuseram uma restrição.

Por tudo isso, os pecuaristas preferem deixar o gado no pasto, do que vender aos frigoríficos ou deixar os bois em confinamento.

Alguns, pecuaristas preferiram vender o gado a outros frigoríficos menores como a Marfrig e Minerva, Mas, estes não tem capacidade para absorver toda a produção de gado.